terça-feira, 5 de junho de 2012

Benchmarks - Outro ponto de vista

Você acredita em benchmarks das CPUs Intel? O governo americano não!

A violenta sentença imposta pelo FTC – Federal Trade Comission – sobre a Intel determina o fim das manipulações de benchmarks (testes de desempenho de CPU) que favorecem processadores Intel, obriga a abertura dos códigos e impõe um observador federal – uma espécie de cão de guarda - para monitorar os passos da maior fabricante mundial de chips.

Intel obrigada a mostrar que alterações em seus hardwares não prejudicam os competidores

A conduta que o governo americano está impondo à Intel é exemplar. Segundo o Semiaccurate, o FTC está “obrigando a Intel a cavar um poço suficientemente profundo de modo que a luz não chegue lá. Sentar-se lá embaixo, e ainda sorrir!”, tal é a brutalidade do termo de ajustamento de conduta aplicado à empresa.
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Update - 31/08/2010: Enquanto o governo americano suspeita, o governo brasileiro confia nesses benchmarks, veja Licitações de computadores no Brasil usam parâmetro suspeito de beneficiar Intel
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Um dos aspectos mais interessantes da sentença é o que obriga a Intel a provar que qualquer alteração que promova em seus chips, e que venha a produzir reduções de performance de componentes de concorrentes, tenha que ser previamente provada que a modificação tem justificativa técnica.

Em um artigo anterior, o Semiaccurate apontou que alterações recentes na interface PCI-Express da plataforma Intel provocaram redução de performance de GPUs da NVIDIA. Bom, de agora em diante, para a Intel promover uma alteração dessa, ela terá que explicar todos os motivos técnicos dessa alteração.

Transparência nas especificações técnicas e cronogramas

Outro aspecto interessante do documento do FTC é o que obriga a Intel a divulgar o cronograma preciso de suas alterações técnicas futuras, além de todas as especificações dos novos componentes para os concorrentes como a NVIDIA.

A Intel, daqui em diante, deverá oferecer no mínimo quatro documentos anuais com os cronogramas e especificações técnicas de todas as interfaces usadas pelos seus competidores, de forma que o desenvolvimento de uma nova GPU possa estar alinhado com os requisitos técnicos das novas plataformas da Intel.

Benchmarks e compiladores: o fim da manipulação

O artigo VII da sentença do FTC proíbe a Intel de fazer coisas que a Intel sempre negou que fazia, mas todos sabiam que ela fazia. Os compiladores Intel deverão vir agora com uma etiqueta de advertência (parecida com a aplicada pelo Ministério da Saúde aos cigarros) afirmando que aquele software pode não ser otimizado para hardware não Intel. Além disso, o FTC obrigou a Intel a criar um fundo para bancar a análise e alterações de seu próprio compilador, para que o mesmo seja otimizado para os componentes dos concorrentes.

Como é amplamente conhecido, os compiladores da Intel são os mais utilizados pelos desenvolvedores – incluindo os desenvolvedores de benchmarks – de aplicações e softwares. A Intel nega que seus compiladores sejam projetados para introduzir quedas de performance quando detectam CPUs AMD ou Via, por exemplo.

Ocorre que, apesar dessa negativa, pequenas alterações feitas por editores hexadecimais em softwares gerados pelos compilares Intel, e que permitem que o software seja executado da mesma maneira tanto em CPUs AMD quanto Intel, mostram um expressivo ganho de desempenho dessas aplicações rodando em hardware não Intel.

Uma das aplicações desenvolvidas com os compiladores Intel são as destinadas a medir o desempenho das CPU, os conhecidos "benchmarks" – como SYSMARK, 3DMark, PC-Mark, entre outros. Sendo assim, como o compilador usado por tais aplicações é da Intel, os desenvolvedores não precisam criar códigos para beneficiar os processadores da Intel, tendo em vista que o próprio compilador da Intel já está fazendo esse “trabalho” de manipulação de resultados por eles.

Ou seja, as empresas que criam benchmarks, ao usarem compiladores da Intel, automaticamente estão criando aplicações que prejudicam os resultados dos processadores AMD e VIA. De agora em diante, esses benchmarks deverão alertar seus usuários que o compilador usado é da Intel e que ele pode apresentar resultados “não otimizados” para hardware não Intel.

A advertência que aplicações como SYSMARK e MobileMark deverão mostrar é a seguinte:

"O software e as cargas de trabalho utilizadas nos testes de desempenho podem ter sido otimizados para apresentar ganhos de performance somente nos processadores Intel. Testes de desempenho como o SYSmark e o MobileMark são feitos medindo o desempenho de componentes específicos do PC. Qualquer alteração nesses componentes pode levar a resultados diversos. Você deve consultar outros tipos de testes de performance para auxiliá-lo na sua decisão de compra”.

Como se não bastasse, o FTC está obrigando a Intel a bancar os custos dos desenvolvedores decorrentes de recompilação de aplicações feitas com os compiladores Intel, de forma que elas sejam otimizadas também para CPUs AMD e VIA.

O Cão de Guarda Federal da Intel

Por fim, o FTC estabeleceu que o órgão federal americano poderá indicar um ou mais consultores técnicos para monitorar e supervisionar a Intel. Mais que isso: a Intel terá que pagar o salário desses consultores, em um limite de até US$ 2 milhões de dólares – uma quantia que, diga-se de passagem, é irrisória para uma empresa do tamanho da Intel.

Conclusão - isso só é possível com Barack Obama


Os termos do ajustamento de conduta aplicados pelo governo americano na Intel são amplos, gerais, irrestritos, violentos e detalhados.

Que têm o requinte de descer a detalhes técnicos como velocidades de barramentos de dados - o que evidencia o fato de que o órgão americano está muito bem assessorado do ponto de vista técnico.

Mas, mais que isso, o FTC implodiu todos os artifícios técnicos e comerciais usados pela empresa até o momento para manter-se à frente no mercado, o que permite antever um cenário bem mais competitivo no segmento de hardware básico nos próximos anos.

E, por fim, e não menos importante: o FTC agiu com um nível de eficiência, celeridade e competência jamais visto em intuições de Estado nos últimos anos. Ocorre que esse tipo de comportamento só é possível em um governo que tem um presidente como Barack Obama no comando.

Isso que o FTC fez com a Intel jamais foi visto nos longos e desastrosos anos da administração Bush. Mas, além do Bush – que é o pior deles (assim como o Obama é, na minha opinião, o melhor entre os democratas), a probabilidade de que esse comportamento do FTC se verificasse na vigência de qualquer presidente oriundo do Partido Republicano é nula.

Fonte

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Olhar Digital - Ultrabook e All-in-One são as tendencias para o futuro


Computex: Asus lança tablets, PC all-in-one e notebooks com Windows 8

Durante maior evento de tecnologia da Ásia, fabricante apresentou um tablet com duas telas, um notebook com display removível e mais
04 de Junho de 2012 | 14:00h
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Asus Taichi tablet
Asus apresentou nesta segunda-feira (04/06), uma nova linha de produtos com Windows 8, durante a Computex 2012, maior feira de tecnologia do continente asiático que está acontecendo em Taipei (República da China), segundo informações do Cnet.

Uma das novidades exibidas é o tablet Taichi, que possui duas telas independentes e é um híbrido de tablet e notebook. O dispositivo será vendido com duas versões de tela: 11,6 ou 13, 3 polegadas, e virá equipado com os novos processadores Intel Ivy Bridge (22 nanômetros) Core i7. O produto ainda possui duas portas USB 3.0, uma porta micro HDMI, duas câmera fotográficas - traseira de 5 megapixels e frontal em alta qualidade -, além de 4 GB de memória RAM e armazenamento em SSD.

Reprodução

Além do tablet, a fabricante apresentou o PC All-in-one com, chamado deTransformer AiO, que traz como principal característica a possibilidade de rodar dois sistemas operacional, o Windows 8 e o Android. O computadortem como padrão o Windows, mas sua versão com a plataforma do Google é opcional e pode ser ativada por um botão. O PC ainda permite que o usuário separe a tela - de 18 poelagadas - de sua base e a tranforme em um super tablet, que pode continuar se comunicando com o restante do aparelho através do Wi-Fi.

Reprodução

No mesmo esquema de remoção de tela, a Asus também mostrou ao público oTransformer Book, um notebook com Windows 8 e processador Intel Ivy Bridge Corei7 e Core i5 com armazenamento em disco rígido ou SSD e 4 GB de memória RAM. A companhia ainda exibiu dois tablets - 810 e 600 - comWindows 8 e Windows RT, respectivamente. O 810 tem processador Intel Atom, tela de 11,6 polegadas e o 600 tem processador Tegra 3 da Nvidia, e tela de 10,1 polegadas.

Reprodução



Veja os vídeos dos produtos abaixo.