sábado, 27 de novembro de 2010

BrOffice neles

O que impede a adoção do Office 2010 nas corporações?

(http://cio.uol.com.br/tecnologia/2010/11/26/o-que-impede-a-adocao-do-office-2010-nas-corporacoes)
CIO/EUA
Publicada em 26 de novembro de 2010 às 08h15

Três questões que passam pela cabeça da área de TI antes de migrar para a suíte 2010: licenças, compatibilidade e interface.

Pesquisa recente revela que os principais motivos de as empresas hesitarem na migração para o Office 2010 chamam-se Ribbon (parte da interface, localizada na parte superior das janelas dos aplicativos), compatibilidade entre aplicativos e licenças.

Paradoxalmente, existe um grande entusiasmo pela nova versão da suíte da Microsoft demonstrado no resultado de uma pesquisa que envolveu 950 profissionais de TI. O levantamento foi realizado pela Dimensional Research e conclui que, ainda, não há pressa em migração total. Na perspectiva das organizações, o Office 2010 requer estudo e preparo antes de ser introduzido na infraestrutura corporativa.

Aproximadamente 800 respondentes afirmaram avaliar a adoção da nova versão do pacote de produtividade da Microsoft, mas apenas 18% dos 950 entrevistados têm planos de implementar em larga escala ainda em 2010. Somente 4% têm o Office 2010 em suas empresas e 52% não têm nenhum sistema com esse software. O restante dos inquiridos respondeu instalar a suíte apenas para fins de ensaios e em máquinas novas.

Para 78%, a preocupação maior é referente à interface, ao custo associado com licenças e à compatibilidade entre a suíte e outros programas.

A analista sênior da Dimensional Research, Diane Hagglund, diz que “a essa altura do campeonato, as preocupações referentes à migração para o Office 2010 são maiores que os benefícios oferecidos por um programa mais rápido”.

A parte da interface chamada de Ribbon é um conjunto de opções em comum que se estende por todos os aplicativos que integram a suite. Introduzida no Office 2007 e aperfeiçoada na versão seguinte, o recurso é intimidador para usuários acostumados a usar a versão 2003. Capacitar usuários para extrair o máximo dos recursos novos é uma das preocupações principais dos gestores de companhias.

Outro fator que reforça a necessidade de avaliar melhor a questão sobre adotar a suíte 2010 é a dinâmica de licenças criada pela fabricante do software. Batizado de Volume Activation, esse jeito de autenticar os softwares rouba o sono de 56% dos entrevistados. De acordo com esse recurso, os administradores de sistemas precisam instalar um servidor de licenças e demanda que todas as instalações do Office2010 sejam ativadas.

Lubos Parobek, gerente sênior de produtos Dell, fala sobre essa alteração: "Certamente esse novo jeito de lidar com instalações corporativas representa um desafio àqueles que, antes, podiam ter um software licenciado e agora não podem mais rodar esse pacote a partir de qualquer lugar, por não estarem na mesma rede do servidor de autenticação".

Na rota de migração que separa o Office 2003 do 2010 existe a versão 2007 da suíte de edição de textos e de planilhas da Microsoft. Apenas 37 dos entrevistados afirmaram ir do 2003 diretamente para a distribuição 2010, sem antes passar pelo antecessor.

Vale a pena ressaltar que o Office 2010 não é o motivo de atualizações de infraestrutura de hardware. Se algum software está impulsionando essa atualização é o Windows 7.

É bom a Microsoft continuar atenta às distribuições de suítes abertas. Se 98% dos entrevistados afirmam rodar a solução paga da MS, houve 23% de respondentes que disseram usar soluções híbridas (pacotes pagos e pacotes abertos). Entre essas suítes, o OpenOffice lidera com 18% e outras soluções de produtividade na nuvem, como o Office Web Apps e o Google Docs detém mais 10% de participação.


(Shane O'Neill)

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