sexta-feira, 13 de maio de 2011

Briga de cachorro grande.

Windows tortura os usuários, diz cofundador da Google

(http://idgnow.uol.com.br/mercado/2011/05/13/windows-tortura-os-usuarios-diz-cofundador-da-google)
Por IDG News Service / EUA
Publicada em 13 de maio de 2011 às 08h00

Sergey Brin disse também que modelo da Microsoft e de outros fabricantes é falho, pois exige que os usuários gerenciem seus computadores.

O cofundador da Google, Sergey Brin, disse que o Windows e outros tradicionais sistemas de computadores estão “torturando os usuários”. A afirmação foi feita ontem, 11/5, durante o lançamento do Chrome OS, em que a companhia afirmou que 75% dos usuários corporativos podem ser convertidos do Windows para o Chrome OS logo de cara.

A Google fechou parcerias com a Samsung e a Acer para a produção de notebooks baseados no “navegador transformado em sistema” que serão lançados em 15 de junho, conforme anunciado na conferência Google I/O. Em uma rápida conversa depois com os jornalista, Brin foi questionado sobre quantos usuários da Google ainda usam Windows. Em um “chute” rápido, ele disse que cerca de 20% deles, enquanto o restante usa Macs ou Linux. Mas ele espera que até o próximo ano a maioria dos “Googlers” estejam fazendo seu trabalho no Chrome OS.

“Não acho que haja algo de errado inerentemente errado com o Windows”, disse Brin. “O Windows 7 possui alguns ótimos recursos de segurança.”

Mas o Chrome OS, ao colocar a maioria dos aplicativos e dados do usuário na web, combinado com algumas capacidades offline, apresenta um modelo “sem pátria” que Brin acredita ser capaz de eliminar a complexidade para usuários e departamentos de TI ao desamarrar as pessoas de máquinas difíceis de configurar e gerenciar.

“Com a Microsoft, e outros fabricantes de sistemas operacionais, penso que a complexidade de gerenciar seu computador está realmente torturando os usuários”, afirmou o executivo. “Estão torturando a todos. É uma abordagem fundamentalmente falha. Os Chromebooks são um novo modelo que não coloca o peso de gerenciar o computador sobre o usuário.”

Os executivos da Google disseram que entrevistaram 400 empresas e que descobriram que, com uma combinação de aplicações web, acesso offline ao Google Docs e outros serviços, e aplicativos entregues por meio de softwares de virtualização, essas companhias poderiam mover 75% dos seus usuários para os aparelhos com o Chrome OS.

A Microsoft (e até mesmo a Apple) poderia aparecer com uma pesquisa mostrando exatamente o contrário. Mas a Google possui um plano interessante para comercializar os aparelhos Chrome OS, incluindo parcerias com a Vmware e a Citrix para entregar acesso remoto para aplicativos corporativos.

Basicamente, o Chrome OS nada mais é do que o navegador Chrome sobre uma versão “pelada” do Linux, que dispensa a instalação de antivírus por causa da sandbox de segurança do Chrome e dos backups baseados na nuvem. Assim, todos os dados dos usuários são criptografados por padrão.

Apesar de os aparelhos serem desenvolvidos primeiramente para navegar na web, eles terão um sistema de arquivos e algum acesso offline para aplicativos essenciais de produtividade.

Expectativas

Milhares de usuários testaram os notebooks com Chrome OS em um período beta. A Google afirmou que a reação deles foi extremamente positiva, mas reconheceu que os usuários sentiram que os computadores deviam ser mais rápidos, permitir um melhor acesso para aparelhos USB e fornecer acesso offline para e-mails, calendários e Google Docs.

Com o lançamento em 15 de junho, a empresa atenderá a esses pedidos ao fazer um upgrade para processadores Intel dual-core, fornecer acesso offiline para Docs, Gmail e Calendários, integração com aparelhos USB e cartões SD e fornecer um sistema de arquivos para visualização de filmes, imagens, documentos e outros arquivos. Um tocador de mídia embutido vai reproduzir vídeos e músicas.

A empresa também fornecerá versões desktop do aparelho em uma pequena caixa que se conecta a um monitor, teclado e mouse, mas essa versão ainda não possui previsão de lançamento.

Os usuários serão encorajados a fazer backup de dados e configurações para serviços baseados na nuvem – sejam eles da Google ou de outras empresas como a Box.net – para assegurar que esses aplicativos e dados fiquem disponíveis a partir de qualquer aparelho e permitir que os usuários realizem upgrade nos computadores sem um processo incômodo de instalação.

“Nós realmente queremos tornar possível para os usuários armazenarem seus dados importantes na nuvem e acessá-los a qualquer momento e lugar”, disse o vice-presidente do Chrome na Google, Sundar Pichai.

O sucesso de serviços online mostra que muitos usuários confiam seus dados à nuvem. Se isso será o bastante para substituir os cerca de 75% de computadores com Windows é um ponto que provavelmente será debatido por um bom tempo ainda.


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