segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fique de olho.

Quatro tecnologias que podem mudar sua empresa

(http://cio.uol.com.br/tecnologia/2012/01/20/quatro-tecnologias-que-podem-mudar-sua-empresa)
Rob Enderle, CIO/EUA
Publicada em 20 de janeiro de 2012 às 15h30

CIOs devem dar boas-vindas em seus departamentos de TI a alguns produtos apresentados no CES 2012.

O Consumer Electronics Show é um evento claramente focado no consumidor final, mas dado que estamos no meio da Era da Consumeriação da TI, o show tem a ver também com o mundo corporativo. E a julgar pelo evento deste ano, parece que alguns dos dispositivos e tecnologias dirigidos ao mercado consumidor poderiam realmente tornar o trabalho mais fácil, pelo menos em alguns casos.

Desktops virtuais

A tecnologia tem mais de uma década. Inclui desde soluções de software, como o VDI e o Citrix, até as baseadas em hardware, como as da HP. Na CES deste ano, uma nova tecnologia surgiu: a Onlive Desktop, baseada em mais especificações de jogos de computador e tecnologias de ponta que os seus antecessores. Explico.

O OnLive Desktop é um desktop completo, do Windows e do Office, para o iPad, que tira proveito de toda a tecnologia que a fornecedora do serviço usa para os jogos de alto desempenho. Os servidores do produto fazem todo o trabalho pesado - renderização 3D, por exemplo - para depois transmitir o resultado para a aplicação (veja a análise da MacWorld). Em breve, a oferta será estendida a outras plataformas, incluindo Android, iPhone, PC e Mac, bem como monitores e TVs.

Historicamente, os desktops virtuais foram prejudicadas pelo custo da solução, a conexão dedicada e as limitações de desempenho. O OnLive resolve esses problemas, já que os consumidores certamente não pagariam por uma rede melhor, um hardware único, ou aceitariam altas taxas mensais para usar o produto.

A conta gratuita do OnLive dá direito a 2 GB de armazenamento online aos programas da Microsoft. Caso você queira mais opções, pode desembolsar 10 dólares para obter uma conta Pro, com 50 GB de espaço, navegação web e habilidade para instalação de aplicações adicionais. O serviço possui ainda versões corporativas que incluem opções adicionais de customização para usuários finais nas empresas. Opções futuras incluirão serviços colaborativos, como compartilhamento de desktop (com chat).

O serviço corporativo vem sendo usado no último ano, sem problemas, em lares com conexões de banda larga ou empresas com redes bem geridas. Mas apresentou problemas em hotéis e empresas com redes mais antigas.

É claro que a OnLive vai precisar de um parceiro do porte de uma IBM ou Dell para criar um mercado amplo para o OnLive Desktop. A empresa tem planos para oferecer o produto para rodar em servidores de nuvens privadas - que claramente vão implicar em alguns custos iniciais não desprezíveis e em garantias - atualmente em desenvolvimento. Mas já que pensamos que o futuro da área de trabalho está na nuvem, esta é provavelmente a solução mais forte, a curto prazo, nessa direção.

Ultrabooks

Os Ultrabooks prometem levar os benefícios de um MacBook Air para a plataforma Windows. Essa classe de produto tem preço geralmente na casa de mil dólares, baixo consumo de energia e menos de três quilos. Tentativas anteriores de plataformas com essas características técnicas eram proibitivamente caras (muitas vezes custando mais de 3 mil dólares) e com autonomia de bateria de menos de 2 horas. Além disso, tendiam a ser dirigidas para o consumidor, somente, sem recursos como TPMs (Trusted Platform Modules), gestão de imagem e programas de apoio às empresas.

O Dell XPS 13, lançado na CES, é o prenúncio de uma tendência de uso de computadores atraentes, finos, leves, com preço de mil dólares e cerca de 8 horas de autonomia de bateria. Além disso, tem TPM [sistema de segurança embutido na placa-mãe], pode ser integrado em programas de compra corporativa, e ser envolvido com os serviços da empresa.

O Dell XPX 13 junta-se ao Folio HP, que saiu no ano passado e é focado no mercado corporativo. Mas a oferta da Dell abraça o lado consumidor da equação e a tendência consumerização. Até agora ela é a mais equilibrada das ofertas apresentadas ao mercado e define o padrão para o que eu acho que vai ser uma onda crescente de produtos concebidos tanto para os consumidores doméstrico, quanto para uso no ambiente de trabalho.

Gaze e Kinect para Windows

Duas tecnologias, uma ligada ao Windows 8 e outra com lançamento previsto para o mês que vem, podem parecer focadas no consumidor final mas têm grande potencial para uso empresarial. Kinect é a interface de movimento para o Xbox, projetada para permitir o controle do jogo por meio de gestos. A versão para o Windows 7 proporcionará benefícios semelhantes para a plataforma. Deve ser útil onde quer que teclados e mouses sejam inconvenientes ou difíceis de usar, como em uma apresentação ou em sala de aula. Resta saber como se comportará com o Windows 8, que tem uma interface preparada para toque. O Kinect poderia ser usado para fornecer uma interface touch em um PC que não suporte o toque?

A empresa sueca Tobii Technologies apresentou na CES a tecnologia Gaze, que essencialmente permite que um usuário controle o cursor do computador com os olhos. Junto com uma interface de voz ou o piscar dos olhos como um clique, a tecnologia Gaze dispensa toques de dedo e o cursor do mouse, usando somente o olhar para abrir links ou iniciar a execução de um software.

Pense no seu uso por um cirurgião, um mecânico de automóveis, um técnico, ou mesmo um policial enquanto dirige um carro. Essas duas tecnologias podem, usando diferentes vetores, endereçar novos modelos de uso para PCs, impossíveis até agora.

HZO e Liquipel

Duas tecnologias projetadas para impermeabilizar iPods, iPhones e outros produtos de tecnologia pessoal surgiram nessa CES. A HZO é aplicada durante a fabricação e impermeabiliza todos os componentes (água no interior dos equipamentos não causa nenhum dano). Já a Liquipel é um revestimento externo, que coloca uma barreira resistente à água. Em pouco tempo, os responsáveis pelas compras na área de TI poderãio incluir na especificação dos produtos que venham com o HZO ou o Liquipel aplicado.

Lotes de hardware são inutilizados todos os anos em função de danos causados ​​pela água. Dado que a umidade é muitas vezes o que causa a corrosão de eletrônicos e a decadência ao longo do tempo essas soluções poderiam ser o equivalente a uma fonte de juventude, prolongando significativamente a vida útil do hardware que opera em ambientes úmidos. Em áreas tropicais particularmente, esta poderia ser uma dádiva de Deus.

De todas as tecnologias que listei, estas duas são, na minha opinião, as que poderiam ter maior impacto no longo prazo.


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