terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O que os diabéticos podem comer?

Contribuição do site Comer Bem & Barato

O que vale, na hora de escolher o que vai no prato, é a quantidade e a combinação dos alimentos. De todos os nutrientes, o que mais eleva a sua glicemia é o carboidrato. Sabendo a quantidade e carboidratos que você consome a cada refeição, fica bem mais fácil ajustar a dose da sua medicação.

Alguns alimentos ainda têm o poder de ajudar a equilibrar a absorção dos carboidratos, que no corpo se transformam imediatamente em açúcar. Comendo fibras e fazendo uma refeição balanceada, você consegue driblar o excesso de glicose, ou faz com que ela demore mais tempo para ser absorvida no sangue, e ainda melhora sua qualidade de vida. E quando bater aquela vontade de doce de verdade, coma seu açúcar sem culpa, mas escolha a hora certa e não exagere. Uma fatia sedutora, devorada com gosto, assim de vez em quando, transborda muito mais sentido do que se você comesse doce a toda hora. Experimente deixar essas fatias para instantes gloriosos.

IMPORTANTE: Independentemente do tipo de diabetes que você tem, o ideal é consumir esse doce no lugar de outro alimento, para evitar excessos e com isso o aumento do peso e da glicemia. Melhor mesmo é reservar os doces e os alimentos mais proibidos para ocasiões ainda mais especiais. A festa de aniversário, pode ser. Ou aquele encontro regado a champanhe com um amor de mãos entre laçadas nas suas. Ou simplesmente para comemorar como você se cuida e sua glicemia está certinha, de ganhar parabéns do médico.

Fibras: Com a óbvia exceção de quem tem problemas sérios no aparelho digestivo e precisa de dietas específicas, as fibras são fundamentais na vida de todos nós. Afinal, desde os tempos pré-históricos começamos a ingerir folhas, grãos, uma dieta rica em fibras, capaz de fazer o organismo funcionar como se deve e encher a gente de energia. As fibras varrem a sujeira do intestino (e seu corpo e sua pele cintilam), promovem aquela sensação de saciedade sem pesar no estômago e ajudam na absorção de outros alimentos. No sentido literal, científico, as fibras presentes nos grãos integrais, nas cascas de frutas e em várias hortaliças se misturam ao bolo alimentar e ajudam a manter a flora intestinal equilibrada, evitando a horrorosa prisão de ventre. Sem contar que ainda ajudam a prevenir o mau colesterol. No sentido figurado, da valorização do paladar, da poesia no prato, as fibras contribuem para despertar o amor pela boa comida. Cabem em todas as receitas, doces e salgadas, agradam a todos os paladares. Com fibras na mesa, você mastiga mais devagar, sente cada sutileza do sabor, presta atenção nos detalhes, aproveita melhor o que põe na boca. E a sensação de bem-estar vai muito além da refeição.

Proteínas: Carnes, leite, queijos, peixes, ovos, leguminosas como o feijão e a ervilha devem fazer parte da sua alimentação, mas não demais. Calcule que uns 15% do que você come no dia precisa conter proteínas. Ir além disso pode ser demais, e começa a não fazer tão bem, especialmente para quem sofre de problemas renais. Pessoas com diabetes também têm uma tendência maior de desenvolver doenças cardíacas, portanto não abuse da gordura, e prefira, no dia-a-dia, consumir as proteínas magras. Deu um desejo de devorar espaguete? Então prepare um à bolonhesa, assim vai consumir carboidrato, proteína e gordura – e mata sua vontade de um almoço da mamma. Se caprichar, a comida lhe inspirará poemas. E quem é que vai se lembrar do diabetes diante de um prato desses? Para estrelar seu cardápio, nada melhor do que a dupla brasileiríssima arroz com feijão: é excelente para a saúde, cai bem com quase todos os complementos e contém fibras, carboidrato e proteína.

Adoçantes: São todos bem-vindos, embora quem tem pressão alta deva evitar os que contém sódio na fórmula, como o ciclamato de sódio e a sacarina. Olho nos rótulos!

Verdura: Tem vitaminas, minerais e fibras, faz bem para a saúde e, preparada de forma saudável, cozida, a vapor ou servida crua em saladas, praticamente não tem carboidratos. Abuse, use, se delicie com folhas verdinhas no prato.

Ovo: Por essa você não esperava. Ovos, que durante anos foram os grandes vilões da humanidade (“Você podia calcular em dias o tempo perdido cada vez que comia uma gema”, diz o escritor Luis Fernando Verissimo), acabaram absolvidos de vários crimes. Consumidos com moderação, não fazem mal ao colesterol. Divirta-se com omeletes (cuidado para não abusar da gordura) e pense que aquele quindim que lhe sorri na doceria é menos assustador do que parece – Isso se voce estiver com a glicemia controlada.

Lanches: Um copo de leite, ou uma maçã, ou três Bis, ou duas fatias de pão com margarina – lanchinhos são essenciais para a sua saúde. A cada 3 ou 4 horas, seu corpo precisa ser alimentado, ou seja: um lanchinho entre o café da manhã e o almoço, outra boquinha no meio da tarde, antes do jantar. Jantou cedo e demorou para cair na cama? Belisque de novo antes de dormir, coisa leve, para sonhos inspirados. Acontece que, quando você fica muitas horas sem comer nada, o corpo se desespera e, na hora em que você comer de novo, vai absorver tudo, tudo e mais um pouco e logo transformar em glicose para garantir sua energia. E se você estiver tomando medicamentos para baixar sua glicemia, eles podem continuar agindo enquanto você não come, provocando a hipoglicemia.

Sinal verde: Alguns alimentos têm cartão vip no seu organismo, estão liberados sem qualquer preço para o seu diabetes. Veja a lista: café, chá, água mineral, refrigerante diet ou light, gelatina diet.

Dica sobre o suco de laranja: Em vez de tomar um suco de laranja, que concentra muito açúcar da fruta e faz sua glicemia subir rapidamente, prefira comer uma laranja, tem menos açúcar (afinal, o suco leva umas três laranjas de uma vez), e suas fibras fazem com que o organismo demore mais para absorver a glicose.

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