Cinco cuidados para garantir a eficiência do data center
Estudo da IBM mostra que a forma de projetar e construir os centros de processamento de dados tem mudado radicalmente e aponta as práticas mais importantes para evitar desperdício de energia e de recursos.
No passado, as companhias costumavam investir em data centers como pais que compram roupas para as crianças: buscavam ambientes grandes, para que continuassem servindo, mesmo depois de uma fase de crescimento. No entanto, as companhias que fizeram assim no passado acabaram desperdiçando muito dinheiro para manter uma infraestrutura desnecessária.
Hoje, as decisões sobre projetos para centros de processamento de dados são focadas em manter sempre a máxima eficiência no uso da infraestrutura, mas deixando as bases para o crescimento futuro. De acordo com o vice-presidente da IBM Steve Sams, essa nova visão já se traduz em uma tendência entre as organizações. "Como resultado, eles estão economizando cerca de 30% em custos operacionais, se considerado todo o tempo de vida do data center", estima.
A lição: construa somente o que você precisa para economizar dinheiro em custos de capital. Segundo Sams, os data centers mais eficientes de mundo no quesito eficiência energética estão operando em 100% de sua capacidade. Ou seja: além de economizar com componentes, a empresa ganha em energia.
Um exemplo é a empresa de serviços de transferência de arquivo YouSendIt, que criou um data center modularizado que cresce de acordo com a demanda de serviços da companhia. "É uma evolução constante", diz o vice-presidente de operações da companhia, Gary Chevsky, que acrescenta: "Temos um esforço constante de nos manter dentro da modularidade e flexibilidade necessárias".
A companhia, que presta serviços de intermediação de transferência de arquivos grandes entre usuários, investiu pesado na construção de uma arquitetura de storage que pode se adaptar rapidamente à base de usuários crescentes, proporcionando eficiência nos serviços. "Olhamos de forma constante para os custos", diz Chevsky.
Há cinco anos, instalava-se 500 watts de servidores em cada rack. Hoje, esse número chega aos 20.000 watts. Com maior consumo de energia, o aquecimento em cada um deles é maior, o que faz da refrigeração um aspecto mais importante.
O tamanho do data center é o primeiro elemento a ser levado em conta no momento de determinar qual opção de refrigeração seria a melhor. "O que funciona bem para grandes data centers não é necessariamente bom para os pequenos", diz Sam.
"A inteligência elaborada dentro de um data center será o aspecto do projeto que mais mudará ao longo do tempo", avalia Sams. "Todo o mercado está em uma curva de inovação exatamente agora. Esperamos que muita coisa interessante aconteça nos próximos três a cinco anos", acrescenta.
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